Legado

Pelotas comemora centenário de morte de Simões Lopes

Autor de livros, contos e crônicas, Simões tem obra ainda aclamada

Há em Pelotas muito de centenário: casarões, paralelepípedos nas ruas, doces, desigualdade social, dois times de futebol. Todos contribuem para contar a história da cidade, bem como a obra de um de seus escritores mais célebres, João Simões Lopes Neto, cuja morte completa cem anos nesta terça-feira (14) com atividades que lembram vida e literatura do autor.

Às 11h ocorre romaria ao Cemitério Ecumênico São Francisco de Paula, onde será depositada uma coroa de flores no túmulo do Capitão. Às 19h, duas ações: a primeira é a declamação da poesia Epopeia simoniana, escrita por Carlos Eugênio Costa Vacaria e 2º lugar no Concurso de Poesia Simões Lopes Neto, promovido pela Estância da Poesia Crioula, de abrangência nacional; a segunda, uma mesa-redonda que abordará os aspectos de vida e obra do homenageado, com a presença de Hilda Simões Lopes Costa, Carlos Francisco Sicca Diniz, Fausto Leitão Domingues e Mário Mattos.

Relevante hoje
No encontro, o principal tema será a atualidade da obra simoneana. Segundo o presidente do instituto, Antônio Carlos Mazza Leite, o fato de contos e crônicas do autor estarem cada vez mais sendo estudados mostra que os escritos seguem relevantes. “Cada vez há mais leitores e pesquisas permanentes sobre a obra dele. Alguns textos são quase inéditos e sempre o pessoal está buscando coisas na literatura simoneana, que traz sempre coisas novas e muito boas”, comenta. Para Mazza Leite, está cada vez mais clara a influência nos escritores que vieram depois de Simões Lopes, uma espécie de “fonte para a literatura gaúcha e brasileira. Considero a obra dele muito boa. Se estuda história do Rio Grande do Sul com qualidade invejável por seus escritos”, comenta.

Vacaria é outro que comenta o legado deixado por João Simões Lopes Neto. Ele trata o autor de Lendas do Sul como “um grande colaborador para a divulgação das tradições gauchescas, do nosso jeito de ser. Graças a ele, nosso linguajar foi perpetuado”. De acordo com o poeta, a obra simoneana tem também muito de atual, se analisados os temas abordados. Cita como exemplo Negrinho do pastoreio, que aborda sofrimentos enfrentados pela população negra ainda em 2016.

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